CARTA MAGNA DA UMBANDA
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Carta Magna da Umbanda
- A
religião de Umbanda é genuinamente brasileira, com as seguintes
características em sua origem:
- É
milenar, porque seus fundamentos são os mesmos que presidiam o reencontro
com Deus, desde o início da raça humana no nosso planeta.
- É
cósmica, porque seus fundamentos culminaram com a união preconizada pelo
Movimento Umbandista dos quatro pilares do conhecimento humano, que são: a
Filosofia, a Ciência, a Religião e a Arte.
- É
evolutiva, em suas manifestações, porque a Umbanda se manifesta em seu
dia-a-dia, utilizando todos os recursos positivos existentes no ontem, no
hoje e, com certeza, se valerá dos que vierem, no amanhã.
- É
crística, porque os seus aspectos, princípios, postulados e finalidades
estão baseados nos ensinamentos dos Mestres da Luz, principalmente no
Mestre Jesus, sendo a manifestação e a vivência do Evangelho Redentor.
Aceitando tudo o que é bom, rejeitando o que não eleva e caminha ao
crescimento do ser humano.
- É
brasileira, em suas origens. Como prática religiosa surgiu e
desenvolveu-se no Brasil, instituída pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas,
através da mediunidade de Zélio Fernandino de Moraes, em 15 de novembro de
1908.
- A
Umbanda teve, na sua origem, contribuições da Doutrina Espírita, e
contribuições positivas das religiões Indígena, Africana, e Católica
Popular. Contudo, a Umbanda é isenta de interferências das religiões
citadas, não se submetendo a nenhum dogma relacionado com elas.
- A
Umbanda integrou, reinterpretou e adaptou algumas visões religiosas
aludidas (Indígena, Africana, e Católica Popular), de acordo com sua
própria percepção, dando origem a uma religião de base universalista.
- A
Umbanda tem Hino próprio desde 1961, de autoria de José Manuel Alves
(letra) e Dalmo da Trindade Reis (música).
- A
Umbanda é: doação, caridade, compromisso, prosperidade e humildade.
- a)
DOAÇÃO: A Umbanda tem no voluntariado, no serviço mediúnico a forma de
crescimento natural da religião, onde a participação é fundamental. É por
meio da doação que o medianeiro aprende a valorizar o seu Templo e a
socializar com os seus irmãos.
- b)
CARIDADE: A ação caritativa é uma das formas da elevação do espírito. Fora
da caridade não existe a compreensão da missão evolutiva do religioso de
Umbanda. A caridade é a expressão máxima do aprendizado religioso em sua
plenitude pelo médium de Umbanda.
- c)
COMPROMISSO: A Umbanda tem no compromisso do médium com o bem, com a
verdade, com a lealdade, com a caridade, com a entrega pessoal e com o
respeito, a essência do verdadeiro religioso como forma de evolução.
- d)
PROSPERIDADE: A prosperidade se dá a todos os níveis pelo esforço de
crescimento e desenvolvimento diário em todos os sentidos. A prosperidade
não se ganha, se conquista através da prática da honestidade, do esforço,
do conhecimento e pelo trabalho individual, onde, amparado por sua fé e
merecimento, o indivíduo conquistará seus objetivos.
- e)
HUMILDADE: O religioso de Umbanda tem como base espiritual a sua
humildade; entendendo que ele, médium, não é melhor que ninguém, mas sim
tem a responsabilidade maior e compromisso como instrumento da
Espiritualidade em transmitir as mensagens de Luz, passadas pelos planos
elevados. Na Umbanda, existe uma hierarquia espiritual que orienta os
trabalhos, com Dirigentes, Médiuns e Auxiliares; porém, todos sabemos que
no plano material somos, em todos os momentos, aprendizes e professores e
todos nós estamos em constante aprendizado, não sendo ninguém melhor do
que o outro, apenas com funções e responsabilidades diferentes. Entendemos
que quem deve ser glorificado é Deus, nunca o medianeiro.
- O
religioso de Umbanda segue o que foi anunciado pelo seu fundador, o
Caboclo das Sete Encruzilhadas, bem como, os ensinamentos dos Espíritos
Crísticos, os Mestres do Amor, como via evolutiva para se chegar a uma
espiritualidade superior.
- A
Umbanda traz em si a base religiosa que deve ser considerada: Amar,
respeitar, não julgar, não caluniar, atuar sempre com a verdade, na base
do bem, da educação e da elevação. O posicionamento ético em qualquer
religião deve se basear em tais predicados, manifestados pelos verdadeiros
religiosos.
- Os
médiuns são vistos como religiosos e devem agir como tal, com fé em Deus,
nos Sagrados Orixás e nos Guias Espirituais; possuir os atributos da fé,
amar seu semelhante, não julgar, não caluniar, ser pacificador, estar ao
serviço do bem e jamais utilizar o seu conhecimento de forma torpe. Esses
atributos são posicionamentos éticos e morais para todos os que comungam
da fé umbandista.
- A
Umbanda atua na elevação, na educação religiosa e na evolução dos
Espíritos, praticando trabalhos que visam o progresso do ser humano,
direcionando a reforma íntima por meio dos postulados de Jesus, da
vibração dos Sagrados Orixás e dos ensinamentos dos Espíritos Crísticos,
que são transmitidos pelos Guias Espirituais que se manifestam nos Templos
de Umbanda.
- A
Umbanda é uma religião que crê na existência de um Deus único,
inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, eterno, imutável,
imaterial, onipotente, onipresente, soberanamente justo e bom, infinito em
todas as suas perfeições.
- A
Umbanda crê no Mestre Jesus, pautando seu aspecto doutrinário baseado em
Seus ensinamentos.
- A
Umbanda crê na existência de Hierarquias Divinas, denominadas por nós de
Orixás, responsáveis pela sustentação planetária, e alicerces para
direcionarmos nossas condutas na prática do amor, da caridade e da fé. Não
são deuses, mas sim, denominações humanas para os Poderes Reinantes do
Divino Criador.
- A
Umbanda reverencia a Mãe Natureza, por ser nela que se encontra a mais
pura manifestação Divina, por onde os Sagrados Orixás se manifestam energeticamente
com mais intensidade e, também, porque vamos buscar e nos harmonizar com
as forças ali reinantes, sustentadoras de toda a forma de vida planetária.
- A
Umbanda crê na existência da comunicação mediúnica por meio de medianeiros
preparados para tal tarefa, em trabalhos caritativos, em atendimentos
fraternos em coparticipação com os Guias Espirituais.
- A
Umbanda prima pela simplicidade de seus rituais, o que permite a dedicação
integral do tempo das sessões ao atendimento fraterno dos que a ela
recorrem.
- Nos
atendimentos fraternos está o cerne do assistencialismo da Umbanda, sempre
de forma caritativa.
- Umbanda
é sinônimo de prática religiosa e caritativa, não se coadunando com
cobranças pecuniárias pelo que faz. Não faz parte de seus fundamentos a
retribuição financeira pelos atendimentos fraternos ou pelos passes
realizados. Contudo, é lícito, quando necessário para sustentação,
manutenção e desenvolvimento dos Templos, assim como, para proporcionar
conforto e bem-estar a seus frequentadores, o chamamento dos médiuns e das
pessoas que frequentam o Templo para contribuírem para esses fins.
Todavia, a contribuição far-se-á conforme o critério de cada Templo, mas
de uma forma moderada e ajustada às necessidades, sem que haja
discriminação ou preconceito para com aqueles que não possam contribuir.
- No
caso específico de dirigentes umbandistas que passaram a dedicar-se
integralmente ao Culto, em determinadas situações e regiões, cobrando
nomeadamente por suas consultas, as sessões (giras) devem continuar
públicas e abertas, onde é facultada a solicitação de contribuições
voluntárias aos membros e assistidos.
- A
Umbanda possui sacramentos e ritos próprios, tais como: o batismo, o
casamento e o fúnebre.
- Os
principais ritos da Umbanda são realizados por meio de orações, pontos
cantados, que, em alguns Terreiros, são ritmados através de instrumentos
musicais.
- A
Umbanda realiza sessões e trabalhos de limpeza espiritual, descarregos e
energética, assim como o de aconselhamento e tratamento espiritual, que
visam o bem-estar e o desenvolvimento espiritual, consciencial, emocional
e moral do indivíduo. Nesses trabalhos são utilizados o passe energético,
o uso ritualístico do tabaco e dos elementos vegetais, designadamente, em
defumações, em banhos e/ou amacis. A Umbanda ainda se utiliza de
componentes minerais, tais como: pedras, cristais, metais e a pemba, que
são elementos condensadores de energia, como também, da energia essencial
dos elementos da natureza.
- A
Umbanda recorre às orações, desobsessões, ou, se preciso for, às oferendas
de flores, bebidas, frutos, sucos, chás, alimentos, incensos e velas. A
oferenda, além de operação espiritual/vibracional, é também uma reverência
espontânea aos Sagrados Orixás e é recomendada a sua prática aos seus
fiéis, visto que entendemos que esses elementos possuem elevadas vibrações
energéticas que podem ser manipuladas espiritualmente em benefício de algo
ou alguém. Entendemos também que um dos objetivos da Umbanda é o de elevar
e sublimar o espírito e seus iniciados e assistidos pela ética de Cristo.
PRINCÍPIO DE IGUALDADE
- A
Umbanda defende a todos um tratamento digno e igualitário, pois ninguém
pode ser privilegiado, favorecido, prejudicado, discriminado, privado de
direitos ou dispensado de deveres em razão de ascendência, descendência,
sexo, orientação sexual, cor, etnia, raça, idade, língua, religião,
descrença religiosa, grau de instrução, condição econômica e social,
território de origem, convicção política, ideológica e filosófica.
DIREITO À VIDA
- A
religião de Umbanda defende que a vida humana é inviolável.
- Não
é admissível para a Umbanda a pena de morte.
SUICÍDIO / EUTANÁSIA / DISTANASIA / HOMICÍDIO
- A
Umbanda, por valorizar a vida, nos aspectos terreno e espiritual, entende
que a passagem deve ser natural, respeitando a Lei do Carma e aprendizados
importantes ao espírito.
- A
Umbanda defende que ninguém tem o direito de abreviar voluntariamente a
sua vida pelo suicídio.
- Só
o Criador, através de Sua Onisciência, Onipresença e Onipotência, sabe o
momento do desenlace carnal de qualquer indivíduo.
- Assim,
mesmo no caso em que a morte é inevitável e a pessoa esteja em situação de
sofrimento, a Eutanásia ativa praticada por pessoas, mesmo que com
motivação altruística é compreendida pela Umbanda como a falta de
resignação e de submissão à vontade do Divino Criador.
- A
Distanásia que é prolongamento da vida por tratamentos extraordinários e a
Ortonásia, que é a decisão de não se submeter a tais tratamentos
considerados paliativos, do ponto de vista clínico, legal e espiritual,
não ferem o conceito religioso de Umbanda porque o paciente é livre para
submeter-se ou não a tratamentos e cirurgias consideradas ou não de risco,
e se o fizer, virá a falecer de causas naturais da evolução da doença, sem
interferências de pessoas no processo do Criador.
- Práticas
que atentam contra a vida humana ou animal, não são aceitas pela Umbanda.
- Porém,
homicídio cometido em legítima defesa própria ou de terceiros, ou por erro
não censurável, não acarreta ônus espirituais sobre tais fatos.
ABORTO
- A
Umbanda é contra a prática do aborto considerado interrupção da gestação.
- Na
Umbanda entende-se que a partir da concepção da vida pré-embrionária já
existe um Espírito que anseia por sua evolução.
- Os
progenitores com ou sem auxílio de terceiras pessoas que provoquem o
aborto por qualquer meio, e em todo período da gestação, cometerão uma
transgressão à Lei de Deus, porque isso impede o espírito de passar pelas
provas necessárias à sua evolução, necessitando do corpo em formação como
seu instrumento.
- Quando
o nascimento da criança colocar em perigo a vida da mãe, é preferível, por
bom senso e na forma da lei, manter a vida da genitora.
- O
aconselhamento direto com os Guias Espirituais é fundamental para que as
ações se baseiem sempre na Espiritualidade e na particularidade de cada
situação que envolva a formação e desenvolvimento de vida humana.
- No
caso de ocorrer ou ter ocorrido o aborto por decisão de qualquer natureza,
a Umbanda jamais condenará os envolvidos, ocupando-se, antes, em acolhe-los
e prestar-lhes orientação e conforto espiritual.
DIREITO À INTEGRIDADE PESSOAL
- A
religião de Umbanda defende que a integridade moral e física das pessoas é
inviolável.
- Ninguém
pode ser submetido à tortura física ou mental, nem a maus tratos ou penas
cruéis, degradantes ou desumanas.
PEDOFILIA / MAUS TRATOS
- A
Umbanda não aceita qualquer forma ou ato que atente contra a integridade
física e moral da criança e do adolescente, em especial os casos de
pedofilia praticada por todo e qualquer meio, inclusive por internet,
assim como as condutas de maus tratos, defendendo que as leis já
estabelecidas devam ser aplicadas, nomeadamente, a Convenção dos Direitos
da Criança.
- Pessoas
que possuem desvio de conduta em relação às crianças e adolescentes podem
estar obsidiadas e necessitam de orientação espiritual e acompanhamento
psicológico, além de se submeterem à aplicação das leis civis e criminais
pertinentes.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
- A
Umbanda não aceita qualquer forma de violência doméstica, atendendo aos
parâmetros da legislação vigente com destaque para os Princípios das
Nações Unidas para as Pessoas Idosas, Convenção sobre a eliminação de
todas as formas de discriminação contra as mulheres e a Convenção sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência e a Carta das Nações Unidas (O.N.U.),
segundo os quais os direitos da pessoa humana devem ser preservados. No
âmbito doméstico, a prática do respeito, aceitação das diferenças, e convivência
de harmonia devem ser cultivados entre os familiares de todas as idades.
As relações sexuais, dentro e fora do casamento ou da união estável devem
ser sempre consentidas pelas pessoas envolvidas, sendo que a Umbanda
condena qualquer ato sexual obtido mediante violência ou contra a vontade
da pessoa.
PRECONCEITO ÉTNICO
- A
Umbanda não aceita o preconceito étnico e racial. O preconceito racial é
antes de tudo, uma demonstração de atraso espiritual e desconhecimento das
Leis Divinas. Aquele que diminui ou persegue o irmão pela cor da pele ou
por qualquer outra característica étnica, viola a regra de ouro presente
nas mais diversas tradições espirituais e religiosas: “Amar a Deus sobre
todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo”.
ORIENTAÇÃO SEXUAL E IDENTIDADE DE GÊNERO
- NA
Umbanda todo ser humano é visto como irmão espiritual, sendo aceita
qualquer orientação sexual e identidade de gênero. Assim, a religião
entende e acolhe Espíritos, e não o gênero ou a sexualidade. Discriminação
e preconceito não são ensinados pelos nossos Guias Espirituais, posto que
a Umbanda acolhe a todos. Desta forma, é fundamental respeitarmos a
condição de cada indivíduo: heterossexualidade, homossexualidade,
bissexualidade, transexualidade e intersexualidade são questões de foro
íntimo e pessoal.
O PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE E NA UMBANDA
- A
Umbanda defende o direito de igualdade, sendo que a mulher deve ocupar
qualquer posição na sociedade e no mercado de trabalho, com o mesmo
tratamento, conforme o vertido na Convenção sobre a eliminação de todas as
formas de discriminação contra as mulheres.
- As
mulheres na Umbanda estão em todos os níveis hierárquicos, ritualísticos e
doutrinários da religião.
CRIANÇAS NA UMBANDA
- NA
Umbanda todas as decisões que digam respeito às crianças devem ter em
conta o seu melhor interesse consideradas suas peculiaridades de pessoa em
desenvolvimento, em harmonia com o estipulado na Convenção dos Direitos da
Criança.
- A
UMBANDA reconhece que a presença das crianças nas sessões é um processo
importante na sua própria formação espiritual, assim como para sua
educação e assistência religiosas.
- A
Umbanda garante às crianças, o direito de conhecer segundo os preceitos da
religião, a mensagem universal da Jesus, com sua magnitude em Deus e nos
Sagrados Orixás, através do atendimento mediúnico, do batizado, passes e
desenvolvimento. Promovendo o respaldo moral, físico e espiritual contra
todas as formas de violência.
- A
Umbanda incentiva a criança para que reconheça desde cedo sua importância,
valor e caráter, concedendo-lhe o direito de livre escolha condizente à
sua pureza e maturidade às nossas crenças, garantido sempre o seu amparo.
É admissível e reconhecida a prática da Evangelização Infantil, a fim de
instruir crianças e adolescentes em condutas morais e éticas, além de
proporcionar aulas educativas a respeito da Umbanda.
IDOSOS NA UMBANDA
- A
Umbanda defende que os idosos devem ter acesso aos recursos educativos,
culturais, recreativos e espirituais da sociedade.
- Os
idosos devem ser tratados de forma justa, independentemente de sua idade,
não podendo ser privados do acolhimento dentro da religião e do
desenvolvimento mediúnico. 54. A Umbanda preconiza o respeito, o amparo e
a assistência aos idosos, no âmbito familiar e social, com base no amor,
na caridade, no reconhecimento e na legislação em vigor, em especial nos
Princípios das Nações Unidas para as Pessoas Idosas.
DEFICIENTES
- Na
Umbanda, nenhuma pessoa portadora de deficiência congênita ou adquirida,
seja de natureza física, sensorial ou intelectual é privada de acolhimento
ou desenvolvimento mediúnico.
- A
Umbanda compreende que as deficiências se restringem à carne e não ao espírito,
portanto, as limitações do corpo material se tornam nulas, mediante a
nossa fé e o Plano Espiritual. Porquanto, como disseminadores de amor ao
próximo, não nos cabe desmerecer ou restringir quaisquer que sejam as
condições físicas, mentais ou psicológicas de um irmão, pois somos livres
de julgamentos e permitimos que todos aqueles que buscam a doutrina
umbandista sejam tratados com igualdade e respeito.
- Aos
dirigentes de Templos, de Federações, pede-se privilegiar a
acessibilidade, conforme a caridade, o bom senso e as leis vigentes,
designadamente, a Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
e o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Em âmbito internacional segue a
Carta das Nações Unidas, que reconhece a dignidade e valor inerentes e os
direitos iguais e inalienáveis.
ALCOÓLATRAS E TOXICÔMANOS
- Todos
que recorrem aos Terreiros de Umbanda encontrarão o lado assistencialista.
O dependente químico e o alcóolatra devem ser tratados sem preconceito e
discriminação, tendo total assistência por parte da Umbanda.
- A
Umbanda respeita à vontade e o livre arbítrio do indivíduo de buscar e
aceitar o tratamento espiritual. Nos tratamentos devem ser observados e
respeitados o lado psicológico, a dependência química e a atenção
espiritual devem ser fornecidos para o dependente e sua família.
CASAMENTO
- A
Umbanda defende que o casamento deve dar-se por amor e livre arbítrio,
onde o casal é orientado e acolhido também espiritualmente.
Independentemente, da orientação sexual, etnia, instrução, condição social
e religião.
- Na
visão umbandista é irrelevante a heterossexualidade, a homossexualidade,
bissexualidade, a transexualidade e a intersexualidade, ou se um dos
consortes não professar a religião umbandista. Reservamos a todos,
direitos iguais de matrimônio, respeitando a orientação sexual de cada um.
- A
Umbanda compreende que o casamento religioso funciona como base espiritual
para a família e tanto o corpo mediúnico quanto a assistência, têm o
direito a este sacramento. 63. Na Umbanda, o matrimônio também é assegurado
como direito àqueles que já se divorciaram.
DIVÓRCIO
- Os
Guias Espirituais, na Umbanda, não incentivam o divórcio, porém, não
compactuam com relacionamentos infelizes, que fazem com que o espírito
fique abalado pelo ódio, pelo sofrimento, pelo desrespeito, pela falta de
amor que, por muitas vezes, podem causar riscos à integridade física,
moral e espiritual de um dos cônjuges ou ao casal, e por consequência,
traumatizar familiares, filhos e amigos.
- O
casamento indissolúvel é criação humana, por dogmas religiosos e/ou de
ordem social e econômica. Na Umbanda, acredita-se que o carma do casal
pode ser breve ou durar uma vida inteira, de acordo com o que sua própria
missão espiritual determina, e não se impõe uma convivência de
infelicidade ou violência doméstica e sexual.
ADOÇÃO
- O
posicionamento da Umbanda não é apenas favorável, mas também incentivador
à adoção.
- O
acolhimento físico, moral e espiritual do adotado, sempre levando em
consideração as condições dos pais, é o de respeito, carinho, amor e proteção
para o resgate da criança e do adolescente e sua inserção nos princípios
de cidadania, favorecendo-o a ser consciente de suas responsabilidades e
voltado para a prática do bem. Esse ser humano, bem como aqueles que serão
seus pais, precisam da compreensão de sua condição humana e espiritual,
devendo exercer a criação e educação do adotado segundo os preceitos da
dignidade humana, paternidade responsável e do planejamento familiar, como
determina a Convenção dos Direitos da Criança.
- Acreditamos
no mesmo direito por parte de pais e mães heterossexuais, homossexuais,
bissexuais, transexuais e intersexuais, pois a amplitude desse ato não se
reserva à condição sexual ou de gênero e, sim, ao resgate cármico em
condições tanto materiais quanto emocionais para a educação da criança e
do adolescente.
PRESERVATIVOS E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
- A
Umbanda apoia o uso de preservativos e métodos contraceptivos, como meios
de proteção contra DST (doenças sexualmente transmissíveis) e prevenção de
gravidez indesejada. Cada qual deve saber e escolher o momento de gerar um
novo ser, que necessitará de amor, compreensão, educação, orientação e
discernimento ao longo de sua vida. Nesse sentido, o uso de métodos
contraceptivos é um modo de proteger a vida.
- O
uso de contraceptivo é aceito pela religião da UMBANDA, pois respeita o
livre arbítrio, o controle de natalidade e o planejamento familiar.
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
- A
Doutrina Umbandista vê com bons olhos a doação de órgãos, em vida e depois
da morte, nos limites da legislação vigente em cada país.
- A
Umbanda defende mesmo que a separação entre o Espírito e o corpo físico
não se tenha completado, como nos casos de morte cerebral, deste modo a
Espiritualidade dispõe de recursos para impedir impressões penosas e
sofrimentos ao Espírito doador.
- A
doação de órgãos não é contrária às leis da Natureza, porque beneficia
outras pessoas e o próprio espírito do doador em sua evolução espiritual
e, além disso, é uma oportunidade para que se desenvolvam os conhecimentos
científicos no plano material, colocando-os à serviço de vários
necessitados.
- O
mesmo se dá em relação à doação de sangue, medula e qualquer tecido
orgânico que venha proporcionar ajuda ao semelhante. A Umbanda, assim como
qualquer religião, necessita incentivar a prática de doação para amparar
milhões de irmãos necessitados pelo mundo.
CREMAÇÃO
- A
Umbanda não rejeita a cremação.
- A
cremação é legítima para todos aqueles que a desejam, desde que haja um
período de, pelo menos, setenta e duas (72) horas de expectação para a
ocorrência em qualquer forno crematório, o que poderá verificar-se com o
depósito de despojos humanos em ambiente frio. Esse período é necessário,
pois existem sempre muitos ecos de sensibilidade entre o Espírito
desencarnado e o corpo onde se extinguiu o tônus vital, nas primeiras
horas sequentes ao desenlace, em vista os fluídos orgânicos que o Espírito
ainda solicita para as sensações da existência material.
- O
sepultamento ou a cremação nada mais representam para o Espírito, que a
desagregação mais lenta ou mais rápida das estruturas entretecidas em
agentes físicos, das quais se libertou.
CANDIDATOS À POLITICA NA UMBANDA
- A
Umbanda chama a atenção para o pensamento sobre a política pública
participativa. É relevante a construção de organização política, pois só
assim, conquistaremos o que é de direito de qualquer cidadão que professa
sua fé.
- A
participação do religioso deve ser incentivada através da consciência de
institucionalizarmos nossos ideais.
- Os
representantes públicos necessitam comprometer-se com a comunidade
religiosa a qual está inserido; deixando seu gabinete aberto para todos os
projetos que visam o coletivo religioso.
LIVRE ARBÍTRIO
- A
Umbanda, com sua plenitude, assegura aos indivíduos a sua liberdade e
felicidade, não compactuando com a ideologia de “acorrentar” filhos de fé
ou adeptos em detrimento da casa.
- Além
disso, não compactua/comunga com o emprego de ameaças e violências
psicológicas ou morais para garantir o narrado no tópico anterior.
- Umbanda
preza pela liberdade individual e o direito de “ir e vir” dos adeptos, não
interferindo no livre arbítrio dos indivíduos, sendo este, uma das Leis
Divinas de nossa religião e da própria espiritualidade. Também não exerce
qualquer tipo de violência (moral e psicológica), falseando verdades sobre
a liturgia umbandista para restringir o direito de escolha de seus fiéis.
- A
Umbanda aceita os estudos teológicos desde que respeite todas as vertentes
a ela atribuída, sem ações tendenciosas que crie conflitos sobre a
diversidade existente em seus estudos. Do ponto de vista acadêmico de
historiadores e antropólogos entende-se que a absorção do documento Carta
Magna de Umbanda é de fundamental importância. A Umbanda por sua
miscigenação e pluralidade de interpretações não pode estar presa a
ideologias que não coadunam com o respeito aos itens 1- 2-12-13-14 e 15,
onde demonstra uma diversidade interpretativa de sua origem e jamais se
fixando em um conceito fechado, mas respeitando a todas as formas de
entendimento. Ação única desta religião que não se compara a nenhuma outra
existente, portanto deve ser classificada por antropólogos por este olhar
peculiar da religião de Umbanda que demonstra ser uma grande síntese
universal.
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário