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JOGO DE BÚZIOS

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Mérìndilogún – 16 Búzios. No Brasil foi introduzido o jogo de divinação feito com 16 Búzios (kawrís), sistema trazido e aperfeiçoado na África por Bamgbose Obitikú (Rodolfo Martins de Andrade) para as iyás do Ilê Axé Iyá Nassô Oká, mais conhecido por Casa Branca do Engenho Velho, por volta de 1830. Sistema que se espalhou por todo candomblé brasileiro, pela sua simplicidade e independência de Bàbálàwós, o “Mérìndilogún – jogo de 16 Búzios” com mais de 70 caminhos e desdobramentos. Abaixo relacionei a minha visão desse sistema, uma leitura basica sem predizer nada, apenas uma síntese e com profundo respeito a Órùnmìlá, peço agô. 16 Búzios e 16 odús principais, são eles: 1-Òkàràn Méjì – 1 aberto e 15 fechados -este é odú principal de Exú, podem aparecer Egun, Oyá. Este caminho representa a magia boa e ruim. -(ówe)provérbio: “A imprudência é o venemo da continuidade”. Éjì Oko Méjì – 2 abertos e 14 fechados -neste odú falam principalmente Oxalufon, Ibeji e Abikú. Representa a sabedoria, a

DITADO PELO CABOCLO SETE ESTRELAS

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Certa vez estava andando por uma região belíssima que eu, mesmo sendo pouco viajado, tinha a plena convicção de que não pertencia a nenhuma localidade terrestre. Não sabia como havia parado ali, só tinha dentro de meu peito um enorme sentimento de gratidão pelo Divino Criador haver me proporcionado a oportunidade de poder estar conhecendo um lugar tão maravilhoso: eu caminhava por uma calçada principal circundada por um verde tão lindo que eu parecia estar respirando, junto com o oxigênio, a própria essência vegetal; e no meio de todo este verde existiam flores coloridas e das mais variadas espécies que me faziam ter a sensação de que caminhava em paralelo a um arco-íris maravilhoso. Olhei bem à minha frente e percebi que aquela calçada conduzia para uma enorme edificação toda colorida de um verde "grama" e que possuía em seu ápice uma estrela de sete pontas ladeada por algumas colunas que possuíam em sua parte superior uma espécie de pirâmide formada de um cristal parecido c

A ANCESTRALIDADE

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Todos nós possuímos um triângulo de força que nos rege. Ele é constituído pelos nossos Orixás Ancestrais, o Orixá de Frente e o Orixá Adjunto. Assim que fomos exteriorizado por Deus do Plano Interno da Criação como Centelhas Divinas, recebemos a sustentação direta e imutável de um Orixá Fatoral Masculino e de outro Feminino que nos acompanhará por todo o sempre, sendo que caso o ser seja masculino prevalecerá o Orixá Masculino sobre o Orixá Feminino e vice-versa. Estes Orixás são denominados de Orixás Ancestrais. Na Dimensão Humana, setenta e duas horas após a fecundação do óvulo, o ser espiritual que reencarnará tem seu mental adormecido e é auxiliado pelo plano superior a reduzir-se até que possa moldar-se ao feto, o que leva de 3 a 4 meses até estar completamente adaptado. Desde então e durante toda a sua vida na carne, será conduzido por um Orixá que lhe fornecerá características e atributos que comporão a sua personalidade (Orixá de Frente) e por um outro Orixá que da mesma maneir

A TRSITEZA DOS ORIXÁS

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Foi, não há muito tempo, que essa história aconteceu. Contada aqui de uma forma romanceada, mas que traz em sua essência, uma verdadeira mensagem para os umbandistas… Ela começa em uma noite escura e assustadora, daquelas de arrepiar os pelos do corpo. Realmente o Sol tinha se escondido nesse dia, e a Lua, tímida, teimava em não iluminar com seus encantadores raios, brilhosos como fios de prata, a morada dos Orixás. Nessa estranha noite, Ogum, o Orixá das “guerras”, saiu do alto ponto onde guarda todos os caminhos e dirigiu-se ao mar. Lá chegando, as sereias começaram a cantar e os seres aquáticos agitaram-se. Todos adoravam Ogum, ele era tão forte e corajoso. Iemanjá que tem nele um filho querido, logo abriu um sorriso, aqueles de mãe “coruja” quando revê um filho que há tempos partiu de sua casa, mas nunca de sua eterna morada dentro do coração: - Ah Ogum, que saudade, já faz tanto tempo! Você podia vir visitar mais vezes sua mãe, não é mesmo? – ralhou Iemanjá, com aquele tom típico

CUMPRIMEMENTOS E POSTURA

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Se observarmos e analisarmos os rituais das inúmeras religiões existentes, encontraremos neles um sentido comum; o de invocar as Divindades, as Potências Celestes, ou melhor, as Forças Espirituais. O objetivo é sempre o mesmo, a preparação de atração destas forças à corrente religiosa que a pratica. Em qualquer ritual, do mais básico ao mais espiritualizado, é certo que encontraremos atos e práticas que predispõe a criatura a harmonizar-se com o objetivo invocado, isto é, procura-se pô-lo em relação direta, mental com, os deuses, divindades, forças, santos, entidades, etc., e em todos eles, os fenômenos espiritualistas acontecem. Assim para preparar ou elevar o psiquismo de um aparelho e obter-se o equilíbrio da sua mente com os corpos Astral e físico, indispensável se torna que ensinemos à esses ditos aparelhos, determinadas posições necessárias, com o fito de que eles possam harmonizar sua faculdade mediúnica individual, com as vibrações superiores das Entidades que militam na Lei de

UMA BREVE VISÃO SOBRE O CASAMENTO AFRICANO

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O casamento africano acaba sendo muito diferenciado e conservador se comparado aos casamentos ocidentais, casar em África é uma responsabilidade de unidade familiar muito mais que um simples contrato. O sentido de família dentro das sociedades africanas transcende as ideologias ocidentais com o rótulo de família restrita, diferente dessa visão, dentro da cosmovisão africana existe o conceito da família alargada. Infelizmente hoje em pleno século XXI com a influência externa, o casamento africano na sua raiz acaba sendo ignorado até mesmo por alguns africanos, e mal observado para outros povos, é importante saber que cada povo tem a sua própria manifestação cultural, e a forma de celebração do casamento nunca é homogéneo, os africanos têm a sua própria forma de celebração. Para compreender o casamento africano, você deve saber que nas raízes culturais africanas o Criador, embora único, tem na sua natureza divina a dualidade do homem e da mulher. Estas naturezas masculina e feminina se f

PELINTRAS E PADILHAS, A DANÇA DOS CORPOS ENCANTADOS

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  O MALANDRO Entidade poderosa dos terreiros de canjira, baixando em diversos ramos e linhas das macumbas brasileiras, Zé Pelintra nos coloca desafios. Há quem afirme que, originalmente, Seu Zé é um mestre do culto do catimbó nordestino que acabou se manifestando em outras vertentes das encantarias. O culto do catimbó é de difícil definição. Abrange um conjunto de atividades místicas que envolvem desde a pajelança indígena até elementos do catolicismo popular, com origem no Nordeste. Tem como seus fundamentos mais gerais a crença no poder da bebida sagrada da Jurema e no transe de possessão, em que os mestres trabalham tomando o corpo dos catimbozeiros. Dizem os juremeiros que os mestres foram pessoas que, durante suas vidas, desenvolveram habilidades no uso de ervas curativas. Com a morte, passaram a habitar um dos reinos místicos do Juremá. Lá são auxiliados pelos Caboclos da Jurema, espíritos de indígenas que conhecem as artes da guerra e da cura. O Juremá é um lugar composto de rei