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Mostrando postagens de maio, 2019

HISTÓRIA DE PAI JOSÉ DE ANGOLA

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Em uma prosa informal, Pai José contou sua história com simplicidade, bem típica dele. Aqui está à história deste Preto Velho t ão querido, transcrita por mim da maneira mais fiel possível para que todos possam compreender… Em Angola de 1640 nasceu o Pai Jose de Angola, hoje com 371 anos de “vida”. Em sua cidade natal foi escravizado por volta dos  seus 30 anos de idade e trazido ao Brasil nos chamados ‘Navios Negreiros’.  Nesta longa viajem viu muitos amigos e conhecidos morrerem por doenças ou fraquezas e serem lançados ao mar, mas sua fé nos  Orixás era o que o fortalecia. Ao chegar ao Brasil, percebeu que a língua falada aqui era a mesma de sua cidade, o português. Como era um negro muito sadio e forte, com dentes brancos e bons, foi vendido como escravo para ser um ‘reprodutor’, pois  naquela época pensavam que os negros não tinham amor, não tinham sentimentos. E assim foi trabalhar na colheita de café e cana de açúcar em uma fazenda. Na senzala encontrou uma li

HISTÓRIA DE UMA PRINCESA BANTU

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CONHEÇA A VIDA DA ESCRAVA ANASTÁCIA Escrava Anastácia (Pompeu, 12 de maio de 1740, data e local de morte incertos) é  uma personalidade religiosa de devoção popular brasileira , adorada informalmente pela realização de supostos milagres. A própria existência da Escrava Anastácia é colocada em dúvida pelos estudiosos do assunto, já que não existem provas materiais da mesma. O  seu culto foi iniciado em 1968  (Ano Internacional dos Direitos Humanos decretado pelas Nações Unidas), quando numa exposição da Igreja do Rosário do Rio de Janeiro em homenagem aos 90 anos da Abolição, foi exposto um desenho de Étienne Victor Arago representando uma escrava do século XVIII que usava máscara de ferro (método empregado nas minas de ouro para impedir que os escravos engolissem o metal). No imaginário popular, a Escrava Anastácia foi sentenciada a usar a máscara por um senhor de escravos despeitado com a recusa de Anastácia em manter relações sexuais com ele. A máscara seria retirada apenas

DESCOBRINDO O SEU ORIXÁ!

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Membros da família Yorimá, consulentes e outros, nos procuram com dúvidas disso ou  aquilo sobre a religião, tem uma dúvida, talvez a mais perguntada  dentre várias, seja por irmãos que se desenvolvem em terreiros, seja  por pessoas curiosas, seja por pessoas de outras religiões, enfim, por  qualquer tipo de pessoa que nos contactam para entender um pouco mais  sobre a nossa amada Umbanda, e essa pergunta é:  Como faço para saber meu Orixá de Coroa, ou Ori, ou mesmo ainda de  Cabeça? Dentre essas pessoas, muitas delas já vem com uma resposta  predefinida, ou porque alguém olhou para ela e disse que você é filho  de tal Orixá, ou que a pessoa tem afinidade por tal Orixá, e dai já é  filho desse Orixá, ou mesmo ainda que alguém pegou sua data de  nascimento e daí disse que seu Pai de Coroa era tal, sua Mãe de Ori  tal Orixá.  Mas infelizmente, a  verdade não é tão simples assim. Acreditando que seu Orixá de Coroa seja aquele que alguém  lhe disse sem ter buscado essas inf

NANÃ BURUKU, MATRIARCA AFRICANA E SUMA-SACERDOTISA

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A DEUSA DA VIDA E DA MORTE Nanã é um orixá feminino de origem daomeana, adotada da África que representa o dogbê (vida) e a doku (morte). Ela acolhe em seu ventre os ghedes (mortos) e os prepara para o leko (renascimento). Essa dualidade é representada por Nanã que personifica os pântanos. É neles que a mistura da água (vida) e da terra (morte), formando a lama, existe um portal entre as dimensões dos vivos e dos mortos. O pântano ou a lama, foi o local escolhido por Nanã para ser sua residência. Entretanto, para haver barro ou lama, tem que haver chuva, Nanã passou também a reger a chuva. Nanã é conhecida por vários nomes, dependendo da região e do dialeto, mas em Dahomey (hoje Benin) na cidade de Domê onde está localizado seu principal templo, ela é conhecida como Nanã Buruku . Ela está fortemente ligada ao elemento terra e é chamada de "Senhora dos Pântanos", assinalando-a como uma Grande Mãe que é responsável pelo sopro da vida e conseqüentemente a morte. Nan